terça-feira, 19 de abril de 2011

O meu medo atingiu tal ponto que me senti em um outro estado da realidade. Eu estava ofegante e berrando. Conseguia escutar a minha voz dentro de mim, e as minhas mãos tateavam o chão enquanto eu me arrastava {...}
{...} Eu apertei os meus olhos com força e fiz meu último desejo. Todos os sons se calaram, exceto pelo barulho do vento nas folhas. A porta, ainda terminando o trajeto lentamente, bateu contra a parede. Fiquei onde estava, no chão. Chorei porque meu coração estava se partindo. Não, meu coração estava completamente partido. Depois de vários instantes, as cigarras mais uma vez emitiram o seu coro apaixonado. Fiquei de pé, cambaleei pela sala, e parei, tremendo, de frente para a porta aberta. Lá fora, a luz da lua iluminava a rua deserta. (Formaturas Infernais. - O buquê)

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